sábado, 16 de fevereiro de 2013

DE PASSAGEM


DE PASSAGEM

“As palavras do mestre, filho de Davi, rei em Jerusalém: “Que grande inutilidade!”, diz o mestre. “Que grande inutilidade! Nada faz sentido!” O que o homem ganha com todo o seu trabalho em que tanto se esforça debaixo do sol? Gerações vêm e gerações vão, mas a terra permanece para sempre. O sol se levanta e o sol se põe, e depressa volta ao lugar de onde se levanta. O vento sopra para o sule vira para o norte; dá voltas e voltas, seguindo sempre o seu curso. Todos os rios vão para o mar, contudo, o mar nunca se enche; ainda que sempre corram para lá, para lá voltam a correr. Todas as coisas trazem canseira. O homem não é capaz de descrevê-las; os olhos nunca se saciam de ver, nem os ouvidos de ouvir”. (Eclesiastes-1/01ao08)

O livro de Eclesiastes contém uma mensagem bem humana. A Bíblia jamais nega que o homem está sujeito a limites, e é exatamente essa limitação que ele não deve esquecer para que as ideias deste livro enriqueçam sua vida.
Eclesiastes foi escrito por um grande observador. O livro fala muito em vaidade (ou “inutilidade”), mas a melhor tradução seria algo como “não fazer sentido”. Ilustremos um pouco. Os homens se empenham em muitos afazeres. No entanto, no final das contas, a maioria dos esforços, buscas e propósitos humanos não faz sentido. O homem luta por muitas coisas, mas como ele é passageiro acaba perdendo tudo o que conquista por sua luta. As coisas que permanecem estão ao alcance do homem, mas ele nada fez para que existissem. Os rios, os mares, o sol, o vento sempre permanecem, mas as gerações vão passando. Quando vou ao cemitério, costumo gastar um tempo lendo os epitáfios nos sepulcros. Sempre a mesma coisa: nasceu dia, mês e ano tal, morreu em... Centenas, centenas de sepulcros, todos com o mesmo registro.
O livro todo de Eclesiastes é um aviso. Cuidado! Não gaste sua vida em coisas sem sentido. No final do livro, o autor dá mais uma coisa importante a fazer. Lembre-se do seu Criador. Mas lembre-se enquanto há tempo – antes que cheguem os dias da velhice. Quem for lembrar-se do Criador só na velhice terá perdido a maior parte da vida, além de não poder mais aproveitá-la bem ou de não ter mais tempo para isso. A grande dificuldade do homem que se esquece de Deus é que deixar para lembrar-se dele só na hora da angústia poderá ser desonesto.
Estamos de passagem, então busquemos o único bem definitivo: vida celestial. Isto nos dirigirá a empenhar-nos somente naquilo que faz sentido – e isso é ser sábio. É o que o pregador do Eclesiastes nos quer transmitir.

PASTOR
MIGUEL ARCANJO
“Feliz a Nação cujo DEUS é o Senhor”


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