segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


E AGORA?

Concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tempo determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera. Tendo crescido o menino, saiu, certo dia, a ter com seu pai, que estava com os segadores. Disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Então, o pai disse ao seu moço: Leva-o a sua mãe. Ele o tomou e o levou a sua mãe, sobre cujos joelhos ficou sentado até ao meio-dia, e morreu. Subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; fechou a porta e saiu. Chamou a seu marido e lhe disse: Manda-me um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte. Perguntou ele: Por que vais a ele hoje? Não é dia de Festa da Lua Nova nem sábado. Ela disse: Não faz mal. Então, fez ela albardar a jumenta e disse ao moço: Guia e anda, não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser. Partiu ela, pois, e foi ter com o homem de Deus, ao monte Carmelo. Vendo-a de longe o homem de Deus, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita; corre ao seu encontro e dize-lhe: Vai tudo bem contigo, com teu marido, com o menino? Ela respondeu: Tudo bem. Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, abraçou-lhe os pés. Então, se chegou Geazi para arrancá-la; mas o homem de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o SENHOR mo encobriu e não mo manifestou. Disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes? Disse o profeta a Geazi: Cinge os lombos, toma o meu bordão contigo e vai. Se encontrares alguém, não o saúdes, e, se alguém te saudar, não lhe respondas; põe o meu bordão sobre o rosto do menino. Porém disse a mãe do menino: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não te deixarei. Então, ele se levantou e a seguiu. Geazi passou adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não houve nele voz nem sinal de vida; então, voltou a encontrar-se com Eliseu, e lhe deu aviso, e disse: O menino não despertou. Tendo o profeta chegado à casa, eis que o menino estava morto sobre a cama. Então, entrou, fechou a porta sobre eles ambos e orou ao SENHOR. Subiu à cama, deitou-se sobre o menino e, pondo a sua boca sobre a boca dele, os seus olhos sobre os olhos dele e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. Então, se levantou, e andou no quarto uma vez de lá para cá, e tornou a subir, e se estendeu sobre o menino; este espirrou sete vezes e abriu os olhos. Então, chamou a Geazi e disse: Chama a sunamita. Ele a chamou, e, apresentando-se ela ao profeta, este lhe disse: Toma o teu filho. Ela entrou, lançou-se aos pés dele e prostrou-se em terra; tomou o seu filho e saiu. (2ª Rei- 4/17 ao 37)

A mulher de que lemos hoje havia ajudado muito o profeta Eliseu, hospedando-o regularmente, e ele quis retribuir a gentileza. Pôde então prometer-lhe que ela teria um filho, algo muito importante para a mulher. Naquele caso, seria também nada menos que um milagre.
A leitura começa com o nascimento dessa criança e continua com o choque da morte súbita do menino. A reação da mulher é curiosa: larga tudo e vai procurar o profeta – nem mesmo informa o marido. Por quê? Esperança de reviver o filho ela não tinha, caso contrário não teria se queixado tão amargamente a Eliseu. Desejaria apenas desabafar? Ouvir algum consolo? Talvez. Mas parece que esperava, sim, algo mais, provavelmente sem saber direito o quê; afinal, o que se pode esperar diante da morte? Ainda fez questão que Eliseu a acompanhasse.
E este? O grande profeta também apareceu perplexo. Foi até o local, e fez a única coisa certa que podia: orou ao Senhor. Não sabemos o que ele disse a Deus naquela hora e também desconhecemos o sentido ritual que executou em seguida, mas ele certamente cria que o menino pudesse reviver – caso contrário, por que tudo aquilo? De fato Deus atendeu à sua oração de um modo que a mãe certamente não esperava. Um drama com final feliz. Mas aquilo foi há muito tempo – e o que temos nós com isso hoje? Fico imaginando como eu reagiria no lugar da mulher ou do profeta. Ambos devem ter-se sentindo até traídos por Deus, que primeiro ofereceu um milagre para depois destruí-lo. É compreensível que a mulher acusasse Eliseu e também Deus, indiretamente. Quero aprender com isto que é possível descarregar diante de Deus nossa angústia e frustação quando não o entendemos, mas também que é preciso contar com ele. Nem sempre teremos uma resposta tão alegre como aquela, mas a simples morte do menino já teria bastado para desesperar – por isso vale lembrar que Deus vai além dos nossos limites.

QUE DEUS ABENÇOE VOCÊ E SEUS FAMILIARES.   

PASTOR
MIGUEL ARCANJO
“Feliz a Nação cujo DEUS é o Senhor”

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